Isso é tudo o que tens para me dizer?
E por causa disso vais-te embora? E deixas-me sozinho com as memórias de tudo o que fomos? E porquê? Por causa da minha reclusão? Por causa da minha solidão? Por causa da minha auto e hetero-crítica constante? Por causa desse meu alegado mau feitio, sempre a ver preto no que efectivmente é preto, em vez de fingir que é cor-de-rosa? Por não reconhecer talento e valor no que é ordinário? Por não ceder e não me abnegar à tua banalidade de festas inúteis e tardes em cafés ridículos? Por não achar que em qualquer pessoa está um amigo? Por não me prestar a sorrir a quem odeio? Por recusar a hipocrisia e tentar dar-te uma vida efectivamente diferente e feliz? Então ser consciente e realista é pior do que ser auto-iludido e mentiroso? És capaz de negar que a minha postura me trouxe a capacidade de reconhecer a felicidade onde ela é justa e merecida? És pelo menos capaz de me justificar porque é que essa "miséria" tem que arrastar mais miséria? Consegues efectivamente dizer-me porque é que uma miséria acompanhada, mas consciente e proactiva, é pior do que o teu culto por uma constante alegria tonta, pateta, e cheia de frases feitas? Para além dessa suposta crítica da minha capacidade crítica, sabes mostrar-me algum Mundo interior teu que não seja banal, rotineiro e desinteressante? Sabes dizer alguma coisa que não seja um cliché? Sabes sequer o que esse cliché quer dizer? Tens alguma ideia sequer do que estás a falar? Jesus Cristo, porque estou a perder o meu tempo contigo? Porque é que eu perdi tanto tempo contigo?!
Sinceramente, "misery loves company"?
Is that the best you've got?
Well, sure, at least that may be true.
But company loves misery back.
Misery loves company.
E por causa disso vais-te embora? E deixas-me sozinho com as memórias de tudo o que fomos? E porquê? Por causa da minha reclusão? Por causa da minha solidão? Por causa da minha auto e hetero-crítica constante? Por causa desse meu alegado mau feitio, sempre a ver preto no que efectivmente é preto, em vez de fingir que é cor-de-rosa? Por não reconhecer talento e valor no que é ordinário? Por não ceder e não me abnegar à tua banalidade de festas inúteis e tardes em cafés ridículos? Por não achar que em qualquer pessoa está um amigo? Por não me prestar a sorrir a quem odeio? Por recusar a hipocrisia e tentar dar-te uma vida efectivamente diferente e feliz? Então ser consciente e realista é pior do que ser auto-iludido e mentiroso? És capaz de negar que a minha postura me trouxe a capacidade de reconhecer a felicidade onde ela é justa e merecida? És pelo menos capaz de me justificar porque é que essa "miséria" tem que arrastar mais miséria? Consegues efectivamente dizer-me porque é que uma miséria acompanhada, mas consciente e proactiva, é pior do que o teu culto por uma constante alegria tonta, pateta, e cheia de frases feitas? Para além dessa suposta crítica da minha capacidade crítica, sabes mostrar-me algum Mundo interior teu que não seja banal, rotineiro e desinteressante? Sabes dizer alguma coisa que não seja um cliché? Sabes sequer o que esse cliché quer dizer? Tens alguma ideia sequer do que estás a falar? Jesus Cristo, porque estou a perder o meu tempo contigo? Porque é que eu perdi tanto tempo contigo?!
Sinceramente, "misery loves company"?
Is that the best you've got?
Well, sure, at least that may be true.
But company loves misery back.
Sempre associei sociabilidade a desinteresse e superficialidade.
ResponderEliminarBem sei que esta aproximação é envieasada pela minha experiência e não necessáriamente correcta.
A razão pela qual sempre prefiri os anti-sociais baseia-as no que descreves no texto.
Sempre me distanciei de pessoas que se distanciam da solidão.
Isso sempre me disse tudo sobre elas.
"Misery loves company" é uma expressão à qual reconheço alguma validade. Quando tudo é negativo na nossa vida, parece (e reforço o "parece", porque apesar de tudo é um cliché ingénuo) que chamamos sobre nós mais negatividade. É aquilo a que as pessoas que acreditam em parvoíces pseudo-místicas chamam "mau karma".
ResponderEliminarEu acho que é profundamente errado ser-se negativista só porque sim, de forma inconsequente e castradora. Mas acho igualmente errada a posição oposta, que é ser-se um pateta alegre, uma Amelie esquizofrénica, sempre a ver gostos astronómicos em todos os pormenores insignficantes e em toda a gente estúpida, em nome do "ah, temos que ser positivos". Essas pessoas arrastam tanta miséria para a vida como as primeiras. E daí que se "misery loves company", também "company loves misery".
Acredito que há um meio termo. Que é possível ser-se crítico (recusando a aceitação acéfala), e ainda assim pró-activo (recusando a inacção). Que só conhecendo toda a merda do Mundo (e chamando-lhe isso mesmo, uma merda) se pode mudar o nosso cenário e criar um lugar melhor para nós mesmos. E frases como esta não ajudam em nada.
Este texto dá vontade de o imprimir e espalhar pelo mundo. Espalha-lo por Portugal. Todas as pessoas deviam ler este texto!
ResponderEliminarSe bem que duvido que a sua ignorancia preenchida por lugares-comum lhes permitisse a sua total compreensao...
De qualquer forma, é um texto que devia correr o mundo e agitá-lo.
Gostei!=)