segunda-feira, 12 de abril de 2010

Desafio XVI- Resposta

No final perdemo-nos, não ves que no final nos perdemos? O mundo é o que é porque não podia ter sido outra qualquer coisa. Não ves que nos perdemos na imortalidade? Perdes o teu rosto, a tua memoria. O teu aroma. Não é uma filosofia em prol do conforto interior barata. Não, etende.É a morte que orienta a vida. Mesmo que seja a morte espiritual, mesmo que seja o fim que vem antes do fim. Sabes que vais findar como uma folha leve a cair no Outono. Se não tivesses consciencia da tua efemeridade não eras tao resistente.
Porque a tua diferença para os outros é esse horizonte gigantesco, é esse horizonte muito maior que o teu ser. Vês uma parte do futuro , ves uma fracçao da tua propria morte. Mas etende, a tua maldiçao é o teu dom. Podes escolher onde e como morrer.Aliás, morrerás como vives daí a importancia da filosofia existencial que inventaste para ti- mesmo que seja uma não-filosofia.
No final perdemo-nos na infinidade do infinito. Porque somos só Homens, tornamos o infinito limitado porque o não concebemos de uma outra forma. O tudo e o nada são uma mesma coisa. Sei que queres perdurar, queres que o teu aroma permaneça no Mar Queres que, alguem longiquo, se relaxe ao sabor do vento que tem a melodia suave da tua voz.
Mas a tua existencia vai-se gastar como uma pétala de uma rosa.Mesmo que seja uma rosa azul, etende, vai se desfazer em pequenos nadas.
É o fim que te faz querer viver.
E é viver tudo o que necessitas de fazer para seres feliz na tua presença. Constroi a tua filosofia, mesmo que seja uma anti-filosofia, e senta-te a beira-mar.Admira a esplendorosidade da Natureza que te supera temporalmente, a simplicidade e beleza conjugadas numa filosofia funda e sensorial.Se não fosse breve não darias tanta importante a cada respiraçao profunda.
Who wants to live forever?

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