Ele sabe que a não ama já embora a ame ainda. O suficiente para a recordaçao dela ser calorosamente fria. O suficente para sentir falta da falta da ausencia dela.
Amou-a tanto. Não se consegue imaginar sem ela, enquanto o passado é cheio e quente não germina a urgencia de um futuro . Solitáriamente diferente. Mas não consegue mantê-la, não é esse ser. Não consegue mante-la. Sabe que a não ama porque já a amou, ama-a ainda para saber que o que sente é um gasto pedaço do amor que ainda lhe bate no peito. Não a ama , tem o coraçao preenchido com o vazio dela. Porém, o nada que lhe preenche o coraçao tem o seu perfume . Ama-a ainda. Embora a já não ame, todas as estrelas morrem.
Mas não estavam mortas quando ambos contemplavam o céu numa noite qualquer. Talvez fria, talvez quente .Mas ele agora sabe que essas mesmas estrelas eram a reflexao luminosa perfeita da sua propria morte. Não a ama já porque sabe que ainda a ama. Tem de amar, as estrelas ainda dançam no céu uma dança quieta e silenciosa. Uma dança morta. Porque todas as estrelas morreram, a luz simplesmente ainda não fulminou o coraçao dele.
Ele sabe que a não ama mas que ainda a ama. O suficiente para lhe doer saber que será de outro. Ou que ele amará outra. Não sabe ser esse ser, que a não ama. Mas não aguenta continuar a ser esse, que a ama ainda. E doi-lhe, outro no lugar que ele ocupava nos olhos dela. Ou ele substitui-la, porque ele ainda a ama. O suficiente para que o coraçao dele já não tenha a cor dos olhos dela.
Porque ele a ama ( embora saiba perfeitamente que já não ama) para reconhecer que é o fim. Triste e suavemente duro. É apenas o fim, um corte rapido e radical que arrasta consigo no tempo todo o enterrar de memorias que . Ele se quer esquecer para não sofrer com a felicidade melodica que carrega na sua unicidade estéril.
Amou-a tanto. Não se consegue imaginar sem ela, enquanto o passado é cheio e quente não germina a urgencia de um futuro . Solitáriamente diferente. Mas não consegue mantê-la, não é esse ser. Não consegue mante-la. Sabe que a não ama porque já a amou, ama-a ainda para saber que o que sente é um gasto pedaço do amor que ainda lhe bate no peito. Não a ama , tem o coraçao preenchido com o vazio dela. Porém, o nada que lhe preenche o coraçao tem o seu perfume . Ama-a ainda. Embora a já não ame, todas as estrelas morrem.
Mas não estavam mortas quando ambos contemplavam o céu numa noite qualquer. Talvez fria, talvez quente .Mas ele agora sabe que essas mesmas estrelas eram a reflexao luminosa perfeita da sua propria morte. Não a ama já porque sabe que ainda a ama. Tem de amar, as estrelas ainda dançam no céu uma dança quieta e silenciosa. Uma dança morta. Porque todas as estrelas morreram, a luz simplesmente ainda não fulminou o coraçao dele.
Ele sabe que a não ama mas que ainda a ama. O suficiente para lhe doer saber que será de outro. Ou que ele amará outra. Não sabe ser esse ser, que a não ama. Mas não aguenta continuar a ser esse, que a ama ainda. E doi-lhe, outro no lugar que ele ocupava nos olhos dela. Ou ele substitui-la, porque ele ainda a ama. O suficiente para que o coraçao dele já não tenha a cor dos olhos dela.
Porque ele a ama ( embora saiba perfeitamente que já não ama) para reconhecer que é o fim. Triste e suavemente duro. É apenas o fim, um corte rapido e radical que arrasta consigo no tempo todo o enterrar de memorias que . Ele se quer esquecer para não sofrer com a felicidade melodica que carrega na sua unicidade estéril.
Adorei todo o teu texto, toda a metáfora do que é amar, sem já no entanto amar.
ResponderEliminarE destaco a frase que mais me ficou logo início e que sintetiza na perfeição que o amor só termina quando não resta nada, nem falta da ausência.
"O suficente para sentir falta da falta da ausencia dela."
Parabéns!Pablo Neruda fica-te sempre bem =)
Confesso que, de todo o texto, a frase que me deu mais trabalho e mais gozo a escrever foi exactamente essa.
ResponderEliminarTinha-a a na cabeça e foi dificil de a tornar real.
É sempre um prazer escrever sobre este poema, descubro qualquer coisa de novo sempre que me inspira um texto. E no entanto, é dos poemas mais simples que conheço...
Obrigado :)