Faço? Não.
Faço? Talvez.
Faço?
Não me consigo decidir. Não com estas vozes todas a lutarem por atenção. Dizem sim, dizem não, não sei ao certo o que dizem. Decido-me, volto atrás, dou meia volta e regresso ao início.
Não. É demasiado arriscado. Eles ficariam a saber. Ninguém quer isso, pois não? Não. Mas faz as vozes gritarem de arrependimento.
Ou talvez sim. Arriscar é bom. Traz perigo e adrenalina, faz o sangue correr nas veias. Mas faz as vozes gritarem de culpa.
Berro. Quero berrar porque não me deixam em paz, as vozes. Elas não querem mas EU quero. Eu quero voltar a tomar aquilo que faz as vozes irem embora. Porque elas dizem para não tomar, mas eles, os das batas, vão reparar. E depois vai ser mau, muito mau.
Portanto eu tomo, eu tomo. Assim ninguém sabe o mal que fiz.
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