Que sentido tem correr se estás no caminho errado?
Era o seu sítio preferido, aquela rotunda. Aquela pequena praça, com a fonte simétrica no centro de onde saiam em línguas as várias direcções da sua vida.
Cinco estátuas apontavam para cinco ruas que se estendiam no horizonte como tapetes, à espera dos seus pés.
Mas ele rodeava a fonte e de todos os ângulos via sempre o mesmo, num movimento rotatório perpétuo que o entontecia.
E quando lhe perguntavam se nunca se decidiria a caminhar por uma das ruas, ele respondia “ Nenhuma delas é a minha direcção”.
E pelo menos sabia que não morreria cansado.
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