Sempre disse que preferia morrer.
Sempre disse que o coração não estava a venda. E ele sempre quis ser isso, uma brisa fresca numa tarde de Verão que podia seguir qualquer direcção. Se te ama é por isso, sempre desejou ele essa liberdade sublime que so pode existir na mais doce das imaginações. Se te ama é porque não viste o seu trono triste e a pose de Rei acabado . Não viste o reino sombrio que o idolatrava porque era um Ícaro sobrevivente à própria queda. Nunca o viste nessa perspectiva, nessa realidade em que dominava o Reino das Sombras por ser o mais iluminado, mas não iluminado o suficiente para rejeitar o ceptro carregado de uma convenção vazia que ele desprezava, vendo-se incapaz de rejeitar. Não viste a pose de Rei egocêntrico e melancólico que aparecia em qualquer reflexo porque não era capaz de recusar o poder, mesmo interiorizando o quanto era inócuo.
Mas nunca quis ser isso. Quis ser Rei mas de si próprio. Deram-lhe o ceptro e se te ama é porque o ajudaste a libertar-se da droga. A desfazer-se de um poder que não existe. Sempre quis ser uma tarde calma e serena ao por-de-sol, a ânsia pelo poder nunca superou o seu narcisismo equilibrado. Se te ama é porque lhe devolveste o verdadeiro reflexo, o verdadeiro perfume da essência dele. Relembraste-lhe do que verdadeiramente desejava, a morte boa e justa que nunca receou. E se te ama é por isso, por essa suave e simples loucura que te move, que te afasta de todos os tronos vazios. Rejeitas a soberania antes de ela existir, procuras outro tipo de poder.
E, apesar de ter usado a coroa cujos espinhos dilaceraram a alma em pedaços de sangue incolor, nunca quis ele ser um deles, um dos do Reino das Sombras. Tem uma doce e aromática imaginação, sempre teve. Tem um honesto e focado reflexo, a alma sempre ganhou uma forma resistente e condescendente no ser dele. Tem o teu amor, sublime e louco, inesperado e livre debaixo da pele que o deixa morrer em paz. E tu tens o amor dele, que o salvou de um propósito de vida vazio.
Sempre disse que preferia morrer. Por isso, não chores pela morte dele. Prefere que o reduzam a cinza e a pedaços de existência contraditória e firme que lhe assassinem o reflexo. Por isso, não chores pelo sangue que escorre rubro sobre a Terra. Não te deixes sucumbir à tristeza de os veres queimarem o nome dele, condenarem-no a um crime que não cometeu. Sujarem e conspurcarem o ser dele, perfeito e divino, com a cobardia frívola de quem mata por não compreender e ultrapassar, de quem mata porque é demasiado pouco.
Sempre disse que preferia morrer. Ajudaste-o a sair da prisão que se tornou aquele trono sombrio , aquele poder sobre uma terra isenta de liberdade, da perfumada e fresca liberdade. Não chores, ele sempre disse que preferia morrer, assim.
Numa tarde soalheira de Verão ao por-do-sol. Rejeitou o poder que eles lhe deram , ajudou-te a venceres esta guerra. Ficaram sem líder e eles sempre foram pouco, seguem a coroa em vez de seguirem a coragem. Sem Rei, são nada.
E tu tens em ti o novo Ícaro. Por isso é que ele preferiu ser cinza e abolição. Para que uma nova era se gere, o contraste do sangue de uma morte dolorosa e injusta tem de fazer florescer os campos.
Não chores. Terás sempre o amor dele. Afinal, foi ele quem te ensinou a voar , sempre foi o Ícaro que mantinha o sonho desperto no coração , mesmo depois de morrer.Sempre foi o Ícaro que renascia.
Sempre disse que o coração não estava a venda. E ele sempre quis ser isso, uma brisa fresca numa tarde de Verão que podia seguir qualquer direcção. Se te ama é por isso, sempre desejou ele essa liberdade sublime que so pode existir na mais doce das imaginações. Se te ama é porque não viste o seu trono triste e a pose de Rei acabado . Não viste o reino sombrio que o idolatrava porque era um Ícaro sobrevivente à própria queda. Nunca o viste nessa perspectiva, nessa realidade em que dominava o Reino das Sombras por ser o mais iluminado, mas não iluminado o suficiente para rejeitar o ceptro carregado de uma convenção vazia que ele desprezava, vendo-se incapaz de rejeitar. Não viste a pose de Rei egocêntrico e melancólico que aparecia em qualquer reflexo porque não era capaz de recusar o poder, mesmo interiorizando o quanto era inócuo.
Mas nunca quis ser isso. Quis ser Rei mas de si próprio. Deram-lhe o ceptro e se te ama é porque o ajudaste a libertar-se da droga. A desfazer-se de um poder que não existe. Sempre quis ser uma tarde calma e serena ao por-de-sol, a ânsia pelo poder nunca superou o seu narcisismo equilibrado. Se te ama é porque lhe devolveste o verdadeiro reflexo, o verdadeiro perfume da essência dele. Relembraste-lhe do que verdadeiramente desejava, a morte boa e justa que nunca receou. E se te ama é por isso, por essa suave e simples loucura que te move, que te afasta de todos os tronos vazios. Rejeitas a soberania antes de ela existir, procuras outro tipo de poder.
E, apesar de ter usado a coroa cujos espinhos dilaceraram a alma em pedaços de sangue incolor, nunca quis ele ser um deles, um dos do Reino das Sombras. Tem uma doce e aromática imaginação, sempre teve. Tem um honesto e focado reflexo, a alma sempre ganhou uma forma resistente e condescendente no ser dele. Tem o teu amor, sublime e louco, inesperado e livre debaixo da pele que o deixa morrer em paz. E tu tens o amor dele, que o salvou de um propósito de vida vazio.
Sempre disse que preferia morrer. Por isso, não chores pela morte dele. Prefere que o reduzam a cinza e a pedaços de existência contraditória e firme que lhe assassinem o reflexo. Por isso, não chores pelo sangue que escorre rubro sobre a Terra. Não te deixes sucumbir à tristeza de os veres queimarem o nome dele, condenarem-no a um crime que não cometeu. Sujarem e conspurcarem o ser dele, perfeito e divino, com a cobardia frívola de quem mata por não compreender e ultrapassar, de quem mata porque é demasiado pouco.
Sempre disse que preferia morrer. Ajudaste-o a sair da prisão que se tornou aquele trono sombrio , aquele poder sobre uma terra isenta de liberdade, da perfumada e fresca liberdade. Não chores, ele sempre disse que preferia morrer, assim.
Numa tarde soalheira de Verão ao por-do-sol. Rejeitou o poder que eles lhe deram , ajudou-te a venceres esta guerra. Ficaram sem líder e eles sempre foram pouco, seguem a coroa em vez de seguirem a coragem. Sem Rei, são nada.
E tu tens em ti o novo Ícaro. Por isso é que ele preferiu ser cinza e abolição. Para que uma nova era se gere, o contraste do sangue de uma morte dolorosa e injusta tem de fazer florescer os campos.
Não chores. Terás sempre o amor dele. Afinal, foi ele quem te ensinou a voar , sempre foi o Ícaro que mantinha o sonho desperto no coração , mesmo depois de morrer.Sempre foi o Ícaro que renascia.
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