Penteou o cabelo ruivo vivo. Não era culpa nem sequer era arrependimento. Não era uma lenta e triste teimosia perfumada com uma legítima crença. Não. Então de onde vinha o aperto no coração, a lágrima que a mente não encontrava maneira de libertar?
Porque o amor é a forma máxima de Narcisismo. E ele sabe-o, Narciso era suavemente ingénuo – não se conhecia. Mas ele penteava seguramente o cabelo ruivo, dominava-se, dominou-se ate ao fim. De mais. Porque ela amou-o coerente e ingenuamente: ele era a libertação dela, a emoção primitiva extasiante do conforto e da insegurança. A perfeição inexistente na razão pela qual os contos de fada não são inócuos. E educam as crianças.
Mas ele não era assim. Penteou o cabelo ruivo, a claustrofobia de ter sido amor.E ele lamentar. Duramente , estridentemente. Não o reconheceu logo, deixou-se comover e perder-se se na esperança inócua de ter a ingénua e adorável ignorância dela.( Antes que seja demasiado tarde.)
Porque o amor é a forma máxima de Narcisismo. E ele sabe-o, porque quando a olhava nos olhos via a pessoa melhor que podia ser, via a compactação do tradicional conceito de bem. Ela era o reflexo da sua própria beleza.
Aprisionou a tristeza , o aperto claustrofóbico que tornava o coração pesado e velho. Dominou-se de mais porque não se conhecia. Mas ela sempre o reconheceu muito bem, sempre o amou . Ela sempre teve razão. Via o reflexo da sua própria beleza quando olhava para o cabelo vermelho-sangue dele, daí o êxtase.
Mas já era demasiado tarde para ele. Viu-a a chorar.
Foi assim que soube que tinha morrido.
"Choro por Narciso, porque todas as vezes que ele se debruçava sobre as minhas margens eu podia ver, no fundo dos seus olhos, a minha própria beleza reflectida "
Porque o amor é a forma máxima de Narcisismo. E ele sabe-o, Narciso era suavemente ingénuo – não se conhecia. Mas ele penteava seguramente o cabelo ruivo, dominava-se, dominou-se ate ao fim. De mais. Porque ela amou-o coerente e ingenuamente: ele era a libertação dela, a emoção primitiva extasiante do conforto e da insegurança. A perfeição inexistente na razão pela qual os contos de fada não são inócuos. E educam as crianças.
Mas ele não era assim. Penteou o cabelo ruivo, a claustrofobia de ter sido amor.E ele lamentar. Duramente , estridentemente. Não o reconheceu logo, deixou-se comover e perder-se se na esperança inócua de ter a ingénua e adorável ignorância dela.( Antes que seja demasiado tarde.)
Porque o amor é a forma máxima de Narcisismo. E ele sabe-o, porque quando a olhava nos olhos via a pessoa melhor que podia ser, via a compactação do tradicional conceito de bem. Ela era o reflexo da sua própria beleza.
Aprisionou a tristeza , o aperto claustrofóbico que tornava o coração pesado e velho. Dominou-se de mais porque não se conhecia. Mas ela sempre o reconheceu muito bem, sempre o amou . Ela sempre teve razão. Via o reflexo da sua própria beleza quando olhava para o cabelo vermelho-sangue dele, daí o êxtase.
Mas já era demasiado tarde para ele. Viu-a a chorar.
Foi assim que soube que tinha morrido.
"Choro por Narciso, porque todas as vezes que ele se debruçava sobre as minhas margens eu podia ver, no fundo dos seus olhos, a minha própria beleza reflectida "
O amor é a forma mais alta de narcisismo.
ResponderEliminarQuando amas és o lago.
Não posso ver melhor metáfora.
Adorei o teu texto =)