A verdade é que sempre tiveste esse encanto alternativo e ela sempre te amou por isso. Tinhas o encanto de ter encanto nenhum. A segurança e a estabilidade que brilhavam nos teus olhos de uma forma tão solitária e afável tornavam-te único. E ela amava-te por isso, por seres alternativamente melhor.
Tinhas o encanto de ser desencantador. Eras alguem limpo e distante dos pecados do mundo. Eras alguem melhor , cheio de uma energia boa e iluminada, direccionada para fazer o bem. E ela amava-te por isso mas em noites de consciencia profunda , uma voz grave e caótica sussurava-lhe que eras bom sob proposito nenhum. Para proposito nenhum. Ela amava-te mas não eras melhor, tinhas um espirito disforme de uma forma alternativa.
Mas ela amava-te por teres o encanto de não teres encanto, eras o melhor ser que alguma vez existiu. Não necessitaste de ter no ombro a marca dos condenados a morte para rejeitares viver na escuridao e procurares o iluminismo. Não precisaste do conceito de dor e de morte para seres feliz. Ela amava-te por seres bom sem precisares de ser o melhor.
Mas a verdade é que o único encanto que tinhas era o de não ter encanto. O teu ser demonstrava-se tranquilo e condescente perante tudo. Mas o que era o tudo para ti? Uma felicidade fácil de comprar em cada esquina, uma alma tao limpa dos males do mundo que se torna ignorante. Ela amava-te mas algures esse teu encanto de não teres encanto algum tornou-se numa ilusão que lhe escorregava dos dedos. Não te amava menos, amava-se a si propria menos. Era o encanto dela, ter o coração no sitio do cerebro e as maos cheias de uma esperança numa fé de um melhor conceito de existir.
A verdade é que ela te amava e isso era inutil. Não era insignificante mas revelar-se-ia inutil. Eras um homem sem um encanto honesto no seu gesto mais pequeno e peculiar. Eras limpo dos pecados do mundo e , exactamente por isso. Não viste que cometeste o pior deles. O aborrecimento. Deixaste-te ser espectador da tua propria vida nunca conseguiste ter o papel decisivo de narrador ou de contador de historias. Eras simplesmente alguem com o encanto de não ter encanto nenhum que vivia num clima de paz sustentado por tranquilidade infundamentada.
Ela amava-te mas não era como tu. O encanto dela vivia na forma como encarava os desafios, como era responsavelmente irresponsavel. Como lidava com o desejo ardente de ser inconsequente e escolher se-lo. Ou não. Mas tu tinhas a tua vida cuidadosamente limpa e arrumada, tudo encaixado. E algures isso, essa arrumaçao com proposito nenhum, projectou-se no teu ser, no teu rosto.
E ela amava-te. Assim. Com o encanto de teres encanto nenhum. Via-te bom e tranquilo, quase intemporal. Mas algures perdeste o encanto. E algures ela perdeu o encanto e deixaram de se reconhecer. O encanto está no que fazes com o caos, não na ausencia dele.
A tua alma tao limpa dos pecados do mundo deixou-se corromper pelo ser dela, tao melodicamente irresponsavel e encontrou um mundo paralelo impossivel de existir. E ela rejeitou ter o seu caos interior organizado sem um bom fundamento. Lá no fundo, em algum momento, ela compreendeu que eras demasiado limpo e demasiado bom e que isso era detestável por ser uma limpeza unicamente superficial, no fundo eras igual a qualquer um.
Ela amava-te porque ela era o caos. Mas o que eras tu?
Tinhas o encanto de ser desencantador. Eras alguem limpo e distante dos pecados do mundo. Eras alguem melhor , cheio de uma energia boa e iluminada, direccionada para fazer o bem. E ela amava-te por isso mas em noites de consciencia profunda , uma voz grave e caótica sussurava-lhe que eras bom sob proposito nenhum. Para proposito nenhum. Ela amava-te mas não eras melhor, tinhas um espirito disforme de uma forma alternativa.
Mas ela amava-te por teres o encanto de não teres encanto, eras o melhor ser que alguma vez existiu. Não necessitaste de ter no ombro a marca dos condenados a morte para rejeitares viver na escuridao e procurares o iluminismo. Não precisaste do conceito de dor e de morte para seres feliz. Ela amava-te por seres bom sem precisares de ser o melhor.
Mas a verdade é que o único encanto que tinhas era o de não ter encanto. O teu ser demonstrava-se tranquilo e condescente perante tudo. Mas o que era o tudo para ti? Uma felicidade fácil de comprar em cada esquina, uma alma tao limpa dos males do mundo que se torna ignorante. Ela amava-te mas algures esse teu encanto de não teres encanto algum tornou-se numa ilusão que lhe escorregava dos dedos. Não te amava menos, amava-se a si propria menos. Era o encanto dela, ter o coração no sitio do cerebro e as maos cheias de uma esperança numa fé de um melhor conceito de existir.
A verdade é que ela te amava e isso era inutil. Não era insignificante mas revelar-se-ia inutil. Eras um homem sem um encanto honesto no seu gesto mais pequeno e peculiar. Eras limpo dos pecados do mundo e , exactamente por isso. Não viste que cometeste o pior deles. O aborrecimento. Deixaste-te ser espectador da tua propria vida nunca conseguiste ter o papel decisivo de narrador ou de contador de historias. Eras simplesmente alguem com o encanto de não ter encanto nenhum que vivia num clima de paz sustentado por tranquilidade infundamentada.
Ela amava-te mas não era como tu. O encanto dela vivia na forma como encarava os desafios, como era responsavelmente irresponsavel. Como lidava com o desejo ardente de ser inconsequente e escolher se-lo. Ou não. Mas tu tinhas a tua vida cuidadosamente limpa e arrumada, tudo encaixado. E algures isso, essa arrumaçao com proposito nenhum, projectou-se no teu ser, no teu rosto.
E ela amava-te. Assim. Com o encanto de teres encanto nenhum. Via-te bom e tranquilo, quase intemporal. Mas algures perdeste o encanto. E algures ela perdeu o encanto e deixaram de se reconhecer. O encanto está no que fazes com o caos, não na ausencia dele.
A tua alma tao limpa dos pecados do mundo deixou-se corromper pelo ser dela, tao melodicamente irresponsavel e encontrou um mundo paralelo impossivel de existir. E ela rejeitou ter o seu caos interior organizado sem um bom fundamento. Lá no fundo, em algum momento, ela compreendeu que eras demasiado limpo e demasiado bom e que isso era detestável por ser uma limpeza unicamente superficial, no fundo eras igual a qualquer um.
Ela amava-te porque ela era o caos. Mas o que eras tu?
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