O amor corre-lhe nas veias misturado com o proprio sangue. Flui no espirito dele desde que se lembra de quem é ele, do que é ele. O amor é a sombra que o acompanha quando não há Sol , o amor é a solidao que existe tao docemente entrelaçada com o coraçao dele que nunca o deixa só. O amor que o torna individualista, que o deixa só garante que nunca vai ter uma morte vã e triste . Porque o amor , este amor, define-o.
O amor era descontrolado, era fugaz. Ouvia-o como eco das suas proprias palavras, ouvia-o nas ausencias de respiraçao, oferecia ao silêncio uma voz aromatica e fresca. Às vezes fugia do sentimento de paixao, daquela sensação de existir em plenitude, de ser feliz, de ser ele. De estar cheio, de ter o ego realizado. E daquela paz que o invadia , ate os musculos mais cansados se relaxavam. Os problemas deixavam de existir. O tempo tornava-se irreal. A vida quotidiana perdia importancia só importava ele. Ele e o seu amor, entrelaçados num gesto invisivel tao explicito que passava despercebido. Só existia ele e aquela paixao que o dominava sem oprimir quem era ele. O que era ele. Porque ele era este amor intenso e sensorial, quase animalesco, quase violento. E, no entanto, tao sublimemente doce e belo, tao fragil e tao efemero. Tao sedutor por quebrar a envolvencia bruta do mundo.
Às vezes fugia deste amor. Só para lhe ter saudades, só para não o gastar. Só para não correr o risco de o banalizar. Ou de o compreender demasiado bem. Por isso escondia-se ate as saudades lhe secarem o sangue. E entao numa fracção de segundos ele abria muito os olhos e esgueirava-se pela cidade, procurando o caminho mais rápido e mais sinistro. Porque o amor, esta paixao descontrolada que nasceu com ele, quando o encontrava suavizava-lhe o peso da existencia.
O amor corre-lhe nas veias, sempre passeou longamente pelo cais. Para ele qualquer mar é diferente, qualquer mar tem personalidade. Tem uma cor diferente, uma espuma branca com outra tonalidade. Um cheiro a sal com nuances, ele não sabe explicar só sabe sentir é por isso que é tao bom. Tao purificante.
Observa os veleiros, memoriza o corte que deixam na agua. Ouve o som da sua propria respiraçao tao bem compassada com a natureza circundante. Senta-se no cais, ao lado do mar a deixar-se invadir por aquele sentimento de poder . Poder de ser qualquer coisa, sentir qualquer coisa. Qualquer coisa é possivel porque ele esta em paz. Ali, ao lado do mar, todas as reflexões, todos os pensamentos perdem importancia. Só sente, ele. Só tem percepções que lhe relaxam os musculos, que lhe adoçam o espirito. Tudo é possivel. No cais, com o clima de sal e espuma branca, ele é ele . Não pensa sobre quem é mas sobre o que é. E é isto, um eterno amante do mar. Do azul infinito e do som agradavel da agua. Da visao dos veleiros a deslizarem tao elegantemente pela agua. Ele é este ser.
E às vezes, quando o amor se torna violentamente intenso ele atravessa a praia e alcança o promontorio. Vê um conceito de fim do mundo, vê um conceito de principio, porque foca-se sempre no mar e não na terra. Vê o inicio onde só existe o fim. Vê a infinidade azul , vê o paraíso. Vê o seu proprio ser reflectido no extenso mar azul fino. E a forma como o mar se move é o reflexo de todas as sensaçoes e percepções que lhe rasgam a pele sem a romper. Estão em perfeita sintonia , desde a onda mais violenta à onda agradavel, suave e meiga.
O amor corre-lhe nas veias. Não sabe quem é, esta em continuo movimento. Mas sabe o que é quando esta no cais e o mar se torna no seu reflexo , na sua imagem. Um ser indecifravel que vive daquilo que sente, daquilo que deseja ser para permanecer em harmonia consigo mesmo. O ser que tem esta paixao maritima entrelaçada com as memorias passadas que definem o que é.
O amor era descontrolado, era fugaz. Ouvia-o como eco das suas proprias palavras, ouvia-o nas ausencias de respiraçao, oferecia ao silêncio uma voz aromatica e fresca. Às vezes fugia do sentimento de paixao, daquela sensação de existir em plenitude, de ser feliz, de ser ele. De estar cheio, de ter o ego realizado. E daquela paz que o invadia , ate os musculos mais cansados se relaxavam. Os problemas deixavam de existir. O tempo tornava-se irreal. A vida quotidiana perdia importancia só importava ele. Ele e o seu amor, entrelaçados num gesto invisivel tao explicito que passava despercebido. Só existia ele e aquela paixao que o dominava sem oprimir quem era ele. O que era ele. Porque ele era este amor intenso e sensorial, quase animalesco, quase violento. E, no entanto, tao sublimemente doce e belo, tao fragil e tao efemero. Tao sedutor por quebrar a envolvencia bruta do mundo.
Às vezes fugia deste amor. Só para lhe ter saudades, só para não o gastar. Só para não correr o risco de o banalizar. Ou de o compreender demasiado bem. Por isso escondia-se ate as saudades lhe secarem o sangue. E entao numa fracção de segundos ele abria muito os olhos e esgueirava-se pela cidade, procurando o caminho mais rápido e mais sinistro. Porque o amor, esta paixao descontrolada que nasceu com ele, quando o encontrava suavizava-lhe o peso da existencia.
O amor corre-lhe nas veias, sempre passeou longamente pelo cais. Para ele qualquer mar é diferente, qualquer mar tem personalidade. Tem uma cor diferente, uma espuma branca com outra tonalidade. Um cheiro a sal com nuances, ele não sabe explicar só sabe sentir é por isso que é tao bom. Tao purificante.
Observa os veleiros, memoriza o corte que deixam na agua. Ouve o som da sua propria respiraçao tao bem compassada com a natureza circundante. Senta-se no cais, ao lado do mar a deixar-se invadir por aquele sentimento de poder . Poder de ser qualquer coisa, sentir qualquer coisa. Qualquer coisa é possivel porque ele esta em paz. Ali, ao lado do mar, todas as reflexões, todos os pensamentos perdem importancia. Só sente, ele. Só tem percepções que lhe relaxam os musculos, que lhe adoçam o espirito. Tudo é possivel. No cais, com o clima de sal e espuma branca, ele é ele . Não pensa sobre quem é mas sobre o que é. E é isto, um eterno amante do mar. Do azul infinito e do som agradavel da agua. Da visao dos veleiros a deslizarem tao elegantemente pela agua. Ele é este ser.
E às vezes, quando o amor se torna violentamente intenso ele atravessa a praia e alcança o promontorio. Vê um conceito de fim do mundo, vê um conceito de principio, porque foca-se sempre no mar e não na terra. Vê o inicio onde só existe o fim. Vê a infinidade azul , vê o paraíso. Vê o seu proprio ser reflectido no extenso mar azul fino. E a forma como o mar se move é o reflexo de todas as sensaçoes e percepções que lhe rasgam a pele sem a romper. Estão em perfeita sintonia , desde a onda mais violenta à onda agradavel, suave e meiga.
O amor corre-lhe nas veias. Não sabe quem é, esta em continuo movimento. Mas sabe o que é quando esta no cais e o mar se torna no seu reflexo , na sua imagem. Um ser indecifravel que vive daquilo que sente, daquilo que deseja ser para permanecer em harmonia consigo mesmo. O ser que tem esta paixao maritima entrelaçada com as memorias passadas que definem o que é.
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