Provavelmente esta diferença conceptual existirá em nós até ao fim. Dois seres com duas percepções de fracasso diferentes.
O meu erro é evidente, é explicitamente cru. Tenho no peito um ego faminto por uma novidade que não perca o encanto , que nunca se torne numa rotina vazia de um velho ideal arruinado pelo conceito maduro de envelhecer. E este ego sedento de uma agua que me mantenha vivo orienta-me para esse mundo relativo onde se falha sempre, inevitavelmente. A dinamica que procuro impõe a derrota para que a vitória possa ser em plenitude, digna e timidamente magnanima.
Mas o teu erro é discreto, é pequeno quase insignificante. Vives nesta realidade onde ser feliz é saber ser ignorante e ignorar a subtileza de existir e persistir sempre que respiras. Nunca pensaste em sentar-te , paciente e calmo à beira-mar e contemplares o azul profundo infinito e salgado? Nunca desejaste respirar fundo, sem tristeza ou revolta, sem mágoa ou ressentimento e observares um pormenor interessante que te escapa no quotidiano padronizado? Alguma vez sentiste o mar salgar-te a pele e sorrires por estares aqui, vivo sem preocupações sobre qualquer futuro , indefinidamente indefinido, ou sobre qualquer passado cheio de arrependimentos incertos e imprecisos? Nunca desejaste fugir porque te apeteceu não estar aqui apenas, nunca quiseste fugir para sitio nenhum? Alguma vez sentiste no teu ego um desejo de seres genuinamente condescendente e encontares em ti a coragem para desculpar porque, intrinsecamente, apercebeste-te que és ninguem para julgar e perdoar . Também tu cometes inumeros erros, so os desculpas porque os entedes.
Não. Nunca quiseste nada disto, nunca quiseste esta felicidade ou esta moderação epicurista de existir. Na verdade, a tua compreensao das minhas palavras fica-se pela dedução logica da compreensão literal que fazes.Sentes nada.Imaginas nada.
O teu erro é teres um coração grande e uma fraca e doente imaginação.E onde não existe esta imaginaçao activa e descontraída , não nascem novas ideias, novas perspectivas. Depois perdes a esperança e afundas-te no teu ser sem te aperceberes que te afogaste.
Eu erro. Oh Deus tenho na pele marca de inumeras cicatrizes que poderia ter evitado, talvez. Mas depois sento-me à beira-mar, observo a textura salgada da agua. O meu espirito purifca-se, torno-me nesse ser feliz e complacente. Onde não existe passado ou futuro.Vivo o presente. E o agora é sublime. Não ha tristeza porque sei o que sou.
Temos erros diferentes. Mas eu descanso do meu, se não sabes qual é o teu como é que podes sentir-te feliz ao saber que ele é uma sombra que nunca dás pela presença?
O meu erro é evidente, é explicitamente cru. Tenho no peito um ego faminto por uma novidade que não perca o encanto , que nunca se torne numa rotina vazia de um velho ideal arruinado pelo conceito maduro de envelhecer. E este ego sedento de uma agua que me mantenha vivo orienta-me para esse mundo relativo onde se falha sempre, inevitavelmente. A dinamica que procuro impõe a derrota para que a vitória possa ser em plenitude, digna e timidamente magnanima.
Mas o teu erro é discreto, é pequeno quase insignificante. Vives nesta realidade onde ser feliz é saber ser ignorante e ignorar a subtileza de existir e persistir sempre que respiras. Nunca pensaste em sentar-te , paciente e calmo à beira-mar e contemplares o azul profundo infinito e salgado? Nunca desejaste respirar fundo, sem tristeza ou revolta, sem mágoa ou ressentimento e observares um pormenor interessante que te escapa no quotidiano padronizado? Alguma vez sentiste o mar salgar-te a pele e sorrires por estares aqui, vivo sem preocupações sobre qualquer futuro , indefinidamente indefinido, ou sobre qualquer passado cheio de arrependimentos incertos e imprecisos? Nunca desejaste fugir porque te apeteceu não estar aqui apenas, nunca quiseste fugir para sitio nenhum? Alguma vez sentiste no teu ego um desejo de seres genuinamente condescendente e encontares em ti a coragem para desculpar porque, intrinsecamente, apercebeste-te que és ninguem para julgar e perdoar . Também tu cometes inumeros erros, so os desculpas porque os entedes.
Não. Nunca quiseste nada disto, nunca quiseste esta felicidade ou esta moderação epicurista de existir. Na verdade, a tua compreensao das minhas palavras fica-se pela dedução logica da compreensão literal que fazes.Sentes nada.Imaginas nada.
O teu erro é teres um coração grande e uma fraca e doente imaginação.E onde não existe esta imaginaçao activa e descontraída , não nascem novas ideias, novas perspectivas. Depois perdes a esperança e afundas-te no teu ser sem te aperceberes que te afogaste.
Eu erro. Oh Deus tenho na pele marca de inumeras cicatrizes que poderia ter evitado, talvez. Mas depois sento-me à beira-mar, observo a textura salgada da agua. O meu espirito purifca-se, torno-me nesse ser feliz e complacente. Onde não existe passado ou futuro.Vivo o presente. E o agora é sublime. Não ha tristeza porque sei o que sou.
Temos erros diferentes. Mas eu descanso do meu, se não sabes qual é o teu como é que podes sentir-te feliz ao saber que ele é uma sombra que nunca dás pela presença?
"Il nous fallut bien du talent pour être vieux sans être adultes". É uma das minhas passagens favoritas das músicas do Jacques Brel. E lembrei-me dela ao ler o teu texto. Gostei muito. :)
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